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Bullying: descubra se seu filho é vítima

Entrevista realizada em 2016 Revista Crescer.

Saiba o que observar e como ajudar a criança​

Uma briga aqui, um desentendimento ali... Tudo isso é normal no universo das crianças, desde que se trate de episódios isolados. Mas como saber se os desentendimentos estão passando dos limites e se tornaram bullying? Descubra a seguir.

O que compõe o bullying

- Violência, física ou verbal, com a intenção de constranger e humilhar o outro. - É uma ação intencional, premeditada e calculada por parte do agressor. - Situação de desrespeito gratuito, sem motivação evidente. - Há um desequilíbrio de forças (física ou emocional) entre o agressor e o agredido. - Ocorre de forma frequente e repetitiva. - O agressor costuma ser preconceituoso e intolerante com as diferenças culturais, físicas etc.. - Quem pratica o bullying pode ser uma criança sozinha ou um grupo. Costuma acontecer longe dos olhos dos adultos. - Há danos evidentes na criança atacada: ela se exclui ou é excluída das relações sociais, acontecem danos no aprendizado e pode apresentar sintomas psicossomáticos frequentes (febre, diarreia, vômito, dor de cabeça, de estômago...)

Como identificar o problema?

A maioria das crianças atingidas pelo bullying acaba se silenciando e escondendo a situação dos adultos. Elas costumam ter vergonha ou medo de tocar no assunto. Esteja atento para mudanças bruscas de comportamento. Se o seu filho se fechar, ficar apático, agressivo, irritado, não quiser comer e apresentar desculpas para faltar na escola, acenda o sinal de alerta.

O que fazer?

Se perceber que o bullying realmente está ocorrendo, procure apoio da escola e explique a situação. O ideal é que a coordenação identifique os agressores e dialogue com os pais deles. O professor pode fazer atividades em grupo com os alunos para trabalhar a questão. Em casa, converse bastante com a criança, dê suporte emocional e mostre que ela não merece ser isolada e humilhada. Quanto mais segura ela for, menos vai se permitir ser atingida pelos agressores. Você também pode incentivá-la a fazer alguma atividade que a faça feliz e traga prazer, como aulas de esporte ou artes, o que contribui para a autoestima. Caso a situação saia do controle e você não consiga mais ajudar, busque um profissional. Fontes: Cleo Fante, doutora em educação e especialista em bullying e Paula Menezes, psicóloga e especialista em terapia cognitivo comportamental pela USP.


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